Resumo

Contexto e objetivo: Alterações imunológicas podem estar associadas à infertilidade e endometriose. O objetivo deste estudo foi avaliar se, na infertilidade inexplicada e na infertilidade associada à endometriose, ocorre polarização da resposta imunológica Th1 ou Th2. Tipo de estudo e local: Foi realizado um estudo de corte transversal no Centro de Atenção Integral a Saúde da Mulher (CAISM), Universidade de Campinas (Unicamp),
Campinas, São Paulo, Brasil, de janeiro a junho de 2010. Métodos: 142 mulheres foram alocadas em três grupos (52 com infertilidade inexplicada, 38 inférteis com endometriose e 52 férteis) para dosagem de citocinas Th1 (interleucina 2, fator de necrose tumoral-α e do interferon-γ ) e citocinas Th2 (interleucinas 4 e 10). Os dados foram descritos através de média, desvio-padrão e mediana, e através de frequências absolutas e relativas. Os grupos
foram comparados em relação às variáveis através dos testes de qui-quadrado ou exato de Fisher. As citocinas foram comparadas entre os grupos através do teste de Kruskal-Wallis; em caso de diferença significativa, foram feitas comparações dois a dois através do teste de Mann-Whitney e aceitou-se nível de significância 5%.

Resultados: As mulheres com infertilidade inexplicada apresentaram menores níveis de interferon-γ (p = 0,0012) e
maiores níveis de interleucina-4 (p < 0,0001) do que as mulheres férteis, e maiores níveis de interferon-γ (p = 0,0001) e de interleucina-4 (p = 0,0005) do que as mulheres inférteis com endometriose. Aquelas com infertilidade primária apresentaram menores níveis de interferon-γ e maiores de interleucina-4 que as mulheres férteis.

Conclusão: Não foi detectado qualquer tipo de polarização da resposta imunológica Th1 ou Th2 nas mulherescom infertilidade inexplicada ou com endometriose, quando comparadas com mulheres férteis.

Palavras-chave: citocinas, endometriose, imunologia, infertilidade, interleucinas.

Guimaraes_JoaoAgripino_M

Toledo, Roberto Acayaba de; Menin, Rita de Cássia; Targas, Gláucia Pinheiro; Petean, Carla Campos; Guimaräes, Joäo Agripino; Olhê, Lucas Arnaldo.
HB cient; 3(1): 16-9, jan.-abr. 1996. ilus
Artigo Português | LILACS | ID: lil-236121

Os autores apresentam o caso de uma paciente de 48 anos de idade com quadro de pinçamento aorto-mesentérico como complicação de esclerose sistêmica progressiva forma CREST. A paciente preencheu todos os critérios diagnósticos para a patologia de base e durante a evolução do caso, já com dismotilidade esofágica e síndrome desabsotiva, e após emagrecimento acentuado e rápido, apresentou quadro de abdome agudo em decorrência de pinçamento aorto-mesentérico. Chama-se atenção para raridade desta complicação, e ainda pela alta morbidade causada pelo comprometimento sistêmico da Esclerose Sistêmica Progressiva (E.S.P.).